quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Triste Fim do Meu Amigo Cão

Calafrios percorrem o meu corpo ao lembrar-me da visão que tive certa vez. A mim mesmo prometi que não contaria esta horripilante história a ninguém, mas, não agüentando ficar-me de boca fechada, resolvi, inocentemente, abri-la.
O fato aconteceu à noite. Estávamos eu e minha amável esposa deleitando-nos num sono tranqüilo quando, de repente, um estrondo me açoitou os ouvidos. Abruptamente arregalei os olhos. A principio julguei ser o vento brincando com as árvores ou com a madeira da casa, mas, depois de aguçar melhor os sentidos, compreendi que o vento não era. Primeiro ouvi passos apressados contornando nossa casa, em seguida barulhos de parafernálias espatifando-se no chão, até que ouvi, então, um maldito e sinistro silêncio.
O que ouvi em seguida foi os fervorosos latidos de Busi, meu adorável cão, que ficava em uma casinha nos fundos de nossa propriedade. Pensei em levantar, mas aguardei. Para meu espanto, Busi começou a latir mais alto e desesperadamente, até que, aos poucos, seus latidos foram se abafando, sumindo, até que levemente se tornaram apenas murmúrios se súplica, como se alguém o tivesse fazendo mal.
O silencio novamente pairou. Busi havia se calado.
Tentando compreender o que de fato havia acontecido lá fora, sai da cama e peguei uma lanterna na dispensa. Ao sair, uma lufada de vento me golpeou a face, assim como a amarga e fantasmagórica escuridão. Ao longe, alguns metros a minha frente, distingui os contornos da casa do meu velho amigo canino, mas, surpreendentemente, não o vi.
Resolvi me aproximar. Caminhei a passos lentos até a sua casinha – atento, é claro, a qualquer mínimo barulho que porventura pudesse distrair-me. Aos poucos os meus olhos foram se acostumando com a penumbra e, quando finalmente conseguiram ver alguma coisa, estupefatos ficaram assim que enquadraram a silhueta de Busi, deitado a minha frente. Acautelei-me nos passos e forcei a visão. Sim, era o meu amigo cão!
— Busi! — Chamei-o. — Venha cá amigão.
Ele não se mexeu. Suas orelhas permaneceram inertes. Fui chegando cada vez mais perto, e detive-me finalmente quando entendi que a situação e o estado em que ele se encontrava era assustador. Talvez você, assim como os policiais, não acredite nessa história, mas eu digo, foi assustador! Quase vomitei. Minhas pernas falharam e meu coração acelerou ao vê-lo ali. Busi estava morto, aberto ao meio, sem suas entranhas, sem seus órgãos, como se alguém os tivesse arrancado com a mão, ou até mesmo com dentadas.
Fiquei parado, pasmo, sem saber o que fazer. Aquela estranha e nojenta visão de sangue e vísceras me causaram náusea e quase desmaiei. Tapei a boca com uma mão e com a outra segurava a lanterna, que subitamente resvalou de meus dedos e caiu na grama úmida da noite. Agachei-me para pegar e, quando comecei a exercer esse procedimento, ouvi passos lentos vindos do meu lado direito. Estanquei. Ouvi uma forte respiração. Havia alguém ali junto de mim. Rapidamente peguei a lanterna e virei-me em direção aos passos. Foquei diretamente na face de alguém. Meu sangue gelou. Era um homem. Um homem com a boca cheia de sangue, escorrendo por seu pescoço e camisa. Olhei em sua mão direita e distingui algo sanguinolento. Era algum órgão de Busi. O homem havia comido meu cão com os próprios dentes! Não pensei duas vezes. Comecei a correr até minha casa, com o rastro do maldito as minhas costas. Quando cheguei, fechei a porta e deixei-o lá fora.
No outro dia contatei a policia. Quando fui mostrar o estado do meu cão a eles, uma surpresa: Busi havia desaparecido. Ninguém nunca acreditou nessa história, mas garanto, mais do que tudo nessa vida, você acreditando ou não, que ela é verídica.

Por Marcelo dos Santos

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cursos de Degustação de Vinhos e Espumantes integram a programação do Bento em Vindima

Durante o Bento em Vindima, serão realizados cursos de degustação de vinhos e espumantes no Salão Nobra da Prefeitura. No curso, estão presentes enólogos das vinícolas Domno, Don Giovanni, Aurora e Pizzato. As inscrições devem ser realizadas na Secretaria de Turismo, pelo (54)3055-7130. As turmas precisam de, no mínimo, 14 inscritos.

Segue as datas dos cursos:

29 de janeiro - 10h30min
2 de Fevereiro - 18h30min
9 de Fevereiro - 18h30min
16 de fevereiro - 18h30min
19 de fevereiro - 10h30min12 de janeiro - 18h30min
15 de janeiro - 10h30min
19 de janeiro - 18h30min
26 de janeiro - 18h30min

Fonte: Secretaria de Turismo

Programação Bento em Vindima nos Hotéis

Local: Cantina Cabernet junto ao Dall Onder Grande Hotel

Recreação Infantil - A Fazenda Encatada D Ovelhinha
Recreação infantil na Fazenda Casa da Ovelha. Um local onde a natureza e as lidas da fazenda, transformam poucas horas em momentos inesquecíveis. Com uma programação animada e cheia de alegria, as lidas do campo são levadas a sério e as crianças vivenciam, na prática, as estórias da fazenda, alimentam as ovelhinhas, assistem ao show da Loba, piquenique na sombra das árvores e uma série de atividades lúdicas. A vida na fazenda como você sempre sonhou!
Valor: R$ 15,00 - para hóspedes da Rede Dall’Onder e R$ 30,00 - não hóspedes
Horário: 13h30min às 18h (saída em frente à loja Casa da Ovelha – Galeria Dall’Onder nas quartas-feiras e sábado). Inclui lanche e brinde para as crianças
Reservas: 0300-147-3000 ou centraldereservas@dallonder.com.br

Hotel Somensi
Descontos especiais de 10% para a VINDIMA.
Reservas: 54. 3453-3111 - contato@hotelsomensi.com.br


Hotel Mont’Blanc
Consulte Pacotes Especiais para o período da Vindima.
Recepção dos hóspedes com uvas frescas e café-da-manhã com produtos italianos e a base de uvas.
Reservas: 54. 3451-3766 - hotelmb@terra.com.br

Hotel e Spa do Vinho Caudalie – Vale dos Vinhedos
Programação da Festa da Colheita no Hotel & Spa do Vinho Caudalie:
O Pacote Festa da Colheita
Diárias para duas pessoas (válidas de 04 de fevereiro a 08 de março de 2011) e uma completa programação de cultura, relaxamento, alta gastronomia e bem estar:

Sexta-feira
- Check in diferenciado a partir das 14h;
- Jantar Temático*“História do Vale dos Vinhedos” assinado pelo Chef Murilo Luz, na Trattoria Damigiana, no alto da torre do Hotel.

Sábado
- Prima Colazzione (opção de café da manhã típico colonial no apartamento)
- Festa da Colheita: Entrega das brítolas e vestimentas, passeio nos vinhedos com orientadores, colheita nos parreirais, pisoteio e degustação do primeiro vinho. Na sequência, almoço típico colonial ao ar livre, ao som de coral de descendentes de imigrantes italianos na Praça dos Vinhedos (10h30 às 14h)
-Spa Caudalie**: Programa Carte Du Jour para 2 pessoas, incluindo acesso à área de relaxamento do SPA com piscina térmica terapêutica, sauna úmida, caminho de pedras, solarium, serviço de uvas frescas, água saborizada e chá pelo período de um dia, além de 1 tratamento p/pessoa (de até R$ 150,00 p/p - pessoal e intransferível, sob agendamento).

Domingo
- Brunch ao Espumante no Leopoldina Restaurante, com vista panorâmica para o Vale dos Vinhedos, para 2 pessoas;
- Late check out
Sua estadia inclui também convite cortesia para visitação VIP à Vinícola Miolo,
estacionamento, acesso às piscinas e jacuzzi externas, Health Center & Welness, quadras de tênis, sala de jogos, charutaria, biblioteca, Internet Wi-Fi e Lan House.
Reservas: 54 2102-7200 - comercial_coord@spadovinho.com.br

Pousada Thiany
Degustação de uvas, vinhos e sucos para os hóspedes de 31.12 até 27.02.
Reservas: 54. 3458-1720 - pousadatuiuty@netmaiz.com.br

Pousada Villa Dei Fiori
Recepção com uma taça de vinho do nono, pão queijo e salame.
Reservas: 54. 3453-7866 - villadeifiori@terra.com.br

Hotel Villa Michelon – Vale dos Vinhedos

31/12/2010 a 27/02/2011

Promoção 01:
05/02/2011 - ABERTURA DA VINDIMA 2011
- Colheita de uvas no Parreiral Modelo do Hotel Villa Michelon
- “Pisa” das uvas (esmagamento das uvas com os pés)
- Missa festiva e reza
- “Filó” italiano com apresentações artísticas
- Jogos típicos
- Degustação de vinhos do Vale dos Vinhedos

Promoção 02:
Pacote RÉVEILLON 2011
De 27/12/2010 A 05/01/2011 – 05 diárias

PACOTE INCLUI:
Café da manhã.
Meia pensão – jantar (sábado jantar italiano com show).
Ceia com música ao vivo na noite do dia 31/12/2010.
1 Espumante por apartamento na Ceia.
Programação infantil em todo o período.
A partir de R$ 951,00 por pessoa em apartamento Luxo Double.

Pacote ABERTURA DA VINDIMA 2011
DE 04/02/2011 A 06/02/2011 – 02 diárias (de 6ª feira a domingo)
PACOTE INCLUI:
Café da manhã
Meia pensão – jantar (sendo sábado “Filó” com programação especial)
Uvas na recepção durante o período.
Programação de lazer para crianças em todo o período.
Sábado, a partir das 17h – festividade de abertura da Vindima 2011, colheita de uvas no parreiral modelo, “pisa” das uvas (esmagamento das uvas com os pés), missa e após “filó” festivo com apresentações artísticas.
A partir de R$ 285,00 por pessoa em apartamento Luxo Double.

Pacote COLHEITA DA UVA
DE 11/02/2011 A 27/02/2011 – 02 diárias (de 6ª feira a domingo)
PACOTE INCLUI:
Café da manhã
Meia pensão – jantar (sendo sábado jantar italiano com show)
Uvas na recepção durante o período.
Programação de lazer para crianças em todo o período.
A partir de R$ 285,00 por pessoa em apartamento Luxo Double.

Reservas: 54. 3459-1800 - hotel@villamichelon.com.br

Zamek Hotel Boutique - Garibaldi
Degustação de vinhos, sucos e espumantes Zamek Hotel Boutique e Peculiare Vinhos Finos
Local: Praça coberta do Castello Benvenutti
Dias: todos os sábados de janeiro e fevereiro
Horário: das 17h às 21h
Programação:
- Visitantes e clientes do Zamek Hotel Boutique poderão degustar gratuitamente os vinhos, espumantes e sucos oferecidos pela Peculiare Vinhos Finos.
Reservas: 54 3388.3388 ou pelo e-mail reservas@zamekhotelboutique.com.br

Programação Bento em Vindima nos Restaurantes

Restaurantes, Bares e Cafés Surpresas Gastronômicas
BISTRÔ CASA DE MADEIRA – Vale dos Vinhedos
Restaurante aberto todos os dias das 12h às 15h, reservas com agendamento prévio de 03 dias.

- Menu Degustação
Entradas (servidas com pão e torradas)
- antepasto de beringela
- antepasto de pimentões
- antepasto de geléia de morango c/ pimenta e queijo gorgonzola
Saladas
- salada de radicci com bacon
- salada mista de folhas (ver cardápio)
Carnes
- codorna inpignata (ver cardápio)
- medalhões de filé ao molho de cabernet sauvignon (ver cardápio)
- peito de frango ao perfume de gengibre e limão (ver cardápio)
Salmão Casa de Madeira
- salmão em crosta de ervas com geléia de physalis
Massas
- nhoque de batata doce com molho de tomates e magericão
- tagliatele ao pesto de mangericão e nozes
Polenta mole com queijos ao molho das codornas
Sobremesa: (escolher uma opção)
- sagu com creme
- sorvete de creme com as geléias da casa
Serviço de garçom exclusivo para o grupo.
Bebidas a parte, temos todos os rótulos da Casa Valduga e os sucos de uva da Casa de Madeira e água.
observação: Opções de uma ou duas carnes e sobremesa
- Visitas ao Varejo para apreciação e degustação de geléias, sucos e vinagre balsâmico, também com agendamento.

Reservas: 54. 3453-5678 - restaurante@casamadeira.com.br

Casa Dequigiovanni – Rota Cantinas Históricas

Cardápio
Entrada: Tábua de frios (queijo, salame, pepino, etc...) Com grappa

Prato principal: Carré de ovelha na panela de ferro, Aipim branco,Saladas diversas
Massa, Pão. Refrigerante, água, vinho cabernet

Sobremesa surpresa
Digestivo: limoncello
Show de música com o proprietário
Preço: R$ 50,00
Obs: a casa possui espumante brut e moscatel – cobrados à parte da jantar -(R$ 20,00 cada)
Reservas: 54 3454.3200 ou 9944.8156

Pizzaria Sapore di Fiorenza
Cardápio especial: Pizza Viúva Negra e Pizza Mousse de uva.
Reservas: 54. 3452-7152 - saporedifiorenza@gmail.com.

Piacenza Restaurante e Pizzaria
Cardápio especial em homenagem a vindima
Reservas: 54 3055-3731 - marketing@restaurantepiacenza.com.br

Restaurante Casa Vanni – Caminhos de Pedra
Casa de madeira e porão em pedras regulares, construída em 1935, por Pietro Strapazzon. Pertence atualmente à família Vanni e, depois de sofrer a retirada do andar superior em 1975, retomou as características originais em 1996, quando foi totalmente restaurada pelo projeto Caminhos de Pedra. O subsolo foi transformado em restaurante durante o ano de 2008 servindo um cardápio italiano diferenciado à base de risotos e massas. Tem como atrativo especial uma mesa com tampo de vidro montada sobre o poço que até hoje funciona no porão.
O Restaurante Casa Vanni, gerenciado pela chef Jerusa Vanni, funciona diariamente (exceto às quartas-feiras), das 12h às 15h30m. A partir de 2009 o primeiro piso da casa foi adaptado para atender como cafeteria e loja.

Data: 06 de janeiro a 27 de fevereiro
Menu Almoço especial Bento em vindima
Menu 1 – todos os sábados de janeiro e fevereiro de 2011
(min de 10 pessoas)
Entrada Salada de rúcula, peras e gorgonzola
Harmonização: Peverella Salvati & Sirena
Prato Principal Risoto in bianco com galinha ao molho de vinho
Harmonização: Cabernet Sauvignon Casa Vanni
Sobremesa Mousse de framboesa
Harmonização: Moscatel Don Giovanni

Menu 2 – todas terças e quintas de janeiro e fevereiro de 2011
(min de 10 pessoas)
Entrada Salada Caprese (salada de tomate, com mussarela de búfala e manjericão)
Harmonização: Peverella Salvati & Sirena
Prato Principal Penne a Siciliana (penne ao molho de tomates frescos e carpacio de berinjelas)
Harmonização: Cabernet Sauvignon Casa Vanni
Sobremesa Bonet Astigiano ( flan de chocolate com amaretti)
Harmonização: Moscatel Don Giovanni
Valores R$ 45,00 menu completo por pessoa
R$ 60,00 menu completo harmonizado por pessoa
*Perante reserva de no mínimo um dia de antecedência
Horário de almoço 11h30min às 15h

Reservas: 54- 3455-6383 a partir 11h30min - casavanni@caminhosdepedra.com.br

Resturante Nona Ludia – Caminhos de Pedra

Almoço da Vindima
Datas: Janeiro e Fevereiro
Horário: 11:30 ás 15:00h

Cardápio:
Tábua de frios (queijo, salame, copa e pão colonial)
Pão Colonial
Pimentão e cebolinha em conserva
Sopa de capeletti
Piem
Salada verde
Salada de batata
Polenta e queijo à milanesa
Spaghetti ao molho sugo com carne
Spaghetti ao molho de alho e óleo
Spaghetti ao molho branco
Nhoque ao molho sugo com carne
Frango
Vitela
Picanha
Sobremesas: Pudim ao leite, sagu, creme de baunilha, Ambrósia acompanhado café e chá
Valor: 24,00 por pessoa
Aberto diariamente, almoços com reserva antecipada de um dia
Reservas: 54-3454-9756 – nonaludia@nonaludia.com.br


Trattoria Mamma Gema – Vale dos Vinhedos
Surpresas do Chef Pessali, junto à seqüência de massas e sobremesa é um sorvete artesanal com calda de vinho.
Reservas: 54 3459-1392 - mammagema@gmail.com

Valle Rústico Restaurante – Vale dos Vinhedos

Programação Bento em Vindima
Sabor da Vindima – Menu Especial
Dias: Todos dias da semana mediante reserva. (Janeiro e fevereiro)
Horário: Almoço e jantar
Menu:
Recepção com taça de espumante cortesia.
Cardápio tradicional e requintado para a festa: menus com coelho, javali ou frango acompanhados de tradicionais guarnições italianas, polenta brustolada com parmesão e orégano, risoto de queijos, penne alla san marco (cogumelos e filé), fusilli tricolori ai porro e gorgonzola, spaghetti alla carbonara, sopa de capeletti, saladas especiais com verduras e legumes orgânicos produzidos no restaurante, sobremesas inesquecíveis e muito mais!
Reservas: 54 8123-0080 – vallerustico@gmail.com

Programação Bento em Vindima nas Vincícolas

Vinícolas
ALAMBIQUE E POUSADA CASA BUCCO - VALE DO RIO DAS ANTAS
Degustações Técnicas: curso de análise sensorial de destilados (degustação de cachaça), gratuitamente, para grupos a partir de 6 pessoas
Local: Casa Bucco
Datas: 08 de janeiro a 27 de fevereiro
Informações: (54) 3504-2026 / www.casabucco.com.br
CRISTÓFOLI VINHEDOS E VINHOS FINOS - ROTA CANTINAS HISTÓRICAS
EDREDOM NOS PARREIRAIS - TOUR DA EXPERIÊNCIA
Data: a partir de 3 de janeiro
Reservas sob agendamento: 54 3439.1190/9917.1903 / www.vinhoscristofoli.com.br

DAL PIZZOL VINHOS FINOS E PARQUE TEMÁTICO - ROTA CANTINAS HISTÓRICAS
DEGUSTAÇÃO ÀS CEGAS - TOUR DA EXPERIÊNCIA - para grupos de
no mínimo 10 e no máximo 15 pessoas, mediante ao agendamento prévio
TRILHA ECOLÓGICA - para grupos de no mínimo 10 e no máximo 15 pessoas, mediante ao agendamento prévio
ABERTURA SIMBÓLICA DA VINDIMA NO VINHEDO DO MUNDO - mês de fevereiro - a definir
Reservas sob agendamento: (54) 3449-2255/www.dalpizzol.com.br

PIZZATO VINHAS E VINHOS - DIA DA COLHEITA, PIQUENIQUE NOS PARREIRAIS E CURSOS DE DEGUSTAÇÃO - VALE DOS VINHEDOS
Local: Pizzato Vinhas e Vinhos
Datas: 12 de fevereiro a 19 de março
Horário: das 10h às 15h
Programação: no dia da Colheita o turista é recebido com chapéus de palha, aventais e bolsas personalizadas como preparação para visita guiada aos parreirais com proprietário da vinícola e às instalações da vinícola com enólogo. A visitação abrange informações sobre o ciclo de desenvolvimento das videiras e as etapas de vinificação. O programa inclui ainda o resgate da pisa das uvas e degustação de vinhos finos. Encerramento com um almoço harmonizado com vinhos e espumantes
Dias: de janeiro a março, diariamente
Horário: das 10h às 15h
O visitante poderá desfrutar de um delicioso piquenique junto aos vinhedos da família Pizzato, curtindo o contato com a natureza ao sabor de iguarias regadas com vinhos e espumantes da vinícola. É necessário fazer reserva antecipada
Dias: de dezembro a março, sextas e sábados
Horário: das 10h às 13h
Cursos de degustação de vinhos com informações sobre o serviço e características sensoriais com rótulos da vinícola. É necessário fazer reserva antecipada
Informações e reservas: (54) 3459-1155 / www.pizzato.net / pizzato@pizzato.net

VINHOS, VINHEDOS E POUSADA DON GIOVANNI – VINHOS DE PINTO BANDEIRA
Visita a vinícola com almoço harmonizado no restaurante da mesma.
Cardápio: Risoto de alcachofras, frango na cerveja, saladas diversas, vinhos e espumantes acompanhando. – R$ 65,00
Datas: 22/01 – 05/02 – 19/02 – 26/02
Programação detalhada:
1) Chegada na Don Giovanni (11 horas);
2) Visita à Vinícola:
a. Visita as instalações da Don Giovanni (40´)
b. Degustação (20´):
i. Espumante Stravaganzza Brut;
ii. Espumante Don Giovanni Brut Rosé;
iii. Espumante Don Giovanni Brut (champenoise 12 meses);
3) Almoço (12:30h):
a. Mediante reserva via Giordani Turismo:
i. A reserva do almoço, pela Giordani Turismo, deverá se feita até o meio-dia da data anterior ao almoço. Com a reserva da data para o almoço efetuada, a Giordani Turismo poderá acrescentar participantes até as 11 horas do dia do evento;
ii. Número de pessoas: mínimo de 15 pessoas;
iii. Cardápios: Risoto de Alcachofra/ Risoto de Vinho
1. Harmonização:
a. Entrada: Saladas – Vinho Rosé;
b. Prato Principal – Vinho Cabernet Franc 2006 (garrafa bordaleza Itália);
c. Sobremesa – Moscatel.
iv. Preço: R$ 65,00
4) Saída: 14:00h.
Fones: 3455-6293 / 3455-6294 / 3455-7377
E-mail: dongiovanni@dongiovanni.com.br
VINÍCOLA GEISSE - Dia da Vindima – VINHOS DE PINTO BANDEIRA
Data: mês de fevereiro- a definir
Atividades:
10.00 às 12.00 hs.- colheita da uva
12.00 às 14.00 hs: "piquenique-almoço" com espumantes, empanadas chilenas e acompanhamentos
14.00 hs- visita a vinícola, para acompanhamento de todo o processo de elaboração do vinho base para espumante, desde a prensagem dos grãos até
a vinificação.
16.00 hs.- encerramento das atividades, com ritual do sabrage e brinde com espumantes Geisse
Custo: R$ 80,00
Contato: turismo@vinicolageisse.com.br
Fones: 54 3455 7463/ 3455 7461, com Kátia

VINICOLA SALVATI E SIRENA – CAMINHOS DE PEDRA
08 de Janeiro de 2011 - Jantar da Vindima
Horário 20h
A Vinícola funciona num prédio em formato octogonal, construída com pedras basálticas irregulares, extraídas no próprio local. O atendimento é realizado por membros da família com degustação de vinhos finos varietais de uvas resgatadas e suco de uva. Além de contar com varejo são servidas refeições típicas italianas para grupos, sob agendamento prévio.

Cardápio
Tábua de frios (queijos, salame, copa e pão colonial)
Sopa de feijão preto com taiadelle (talharim)
Polenta no tabuleiro, cortada com fio de costura
Fortaias (omeletes) de cebola, queijos e salames
Radicci coti (almeirão cozido) com pancetta (bacon)
Scodeguim (embutido suíno servido quente
Galinha Caipira com molho
Salame cozido na chapa
Pão de forno cozido sobre palha de milho
Salada de radicci temperado com pancetta
Sobremesa: Sagú com creme de leite
Vinho: Quatro varietais de vinhos brancos e quatro varietais de vinhos tintos
Suco: de uva natural, integral sem açúcar e sem conservantes
Água: mineral, com ou sem gás
Digestivo: grapa ou bagaceira amarga ou doce
Valor por pessoa R$ 40,00 sem show
Valor por pessoa R$ 50,00 com show
Com agendamento até dia 30/12
Reservas: 54 3455-6401/ 3455-5400 - contato@salvatisirena.com.br
Obs: Caso haja procura providenciaremos outras datas durante a Vindima.

VINÍCOLA VALMARINO – VINHOS DE PINTO BANDEIRA
Visita a vinícola e aos parreirais da propriedade com o merendin (frios, biscoitos caseiros, espumante e suco de uva). – R$ 10,00
Datas: 22/01 – 05/02 – 19/02 – 26/02
Fones: 3452-2135 / 9974-3030 / 3455-7474
E-mail: valmarino@valmarino.com.br

"Delícias da Vindima" integra a programação do Bento em Vindima



Na última quinta-feira, dia 6, foi realizada reunião entre a Diretora executiva do Sindicatos do Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), Márcia Ferronatto, Lúcia Conci, representando a Secretária de Turismo Ivane Fávero e representantes de empreendimentos da rua Henry Hugo Dreher – com exceção ao Viverone Hotel, localizado na avenida Planalto, esquina com a Dr. Carlos Flores, para acertar a programação do evento “Delícias da Vindima”, que será realizado no dia 18 de fevereiro deste ano, e integra a programação do Bento em Vindima.
“O objetivo do 'Delícias da Vindima' é atrair, além dos moradores da cidade, os turistas de final de semana, ou aqueles quem vem em um dia de folga”, explicou a diretora executiva do SHRBS. Ela acrescenta que “no ano passado, foi um sucesso. Cada empreendimento fez algo novo naquele dia, seja na área culinária, da música, entre outros, e reunimos bom público.”
Até a próxima quarta-feira, dia 12, cada estabelecimento deverá apresentar sua proposta. “Mas tem que ser algo que lembre a Vindima”, salientou Márcia.

Fonte: Secretaria de Turismo
Foto: Cristiane Moro

Jornalistas e sommeliers da revista Adega participam do Bento em Vindima

Dentro da programação do Bento em Vindima, irão ocorrer neste mês dois eventos que contarão com a presença de jornalistas e sommeliers da revista Adega, de São Paulo: Silvia Mascella e Christian Burgos. No dia 28, sexta-feira, Silvia irá ministrar a palestra “Harmonização de Vinhos”, a ser realizada na Fundação Casa das Artes, às 20 horas. A entrada é franca.
No sábado, dia 29, ocorre o Jantar Harmonizado, no no restaurante Casa de madeira, às 20 horas. No evento, estarão presentes os dois integrantes da Adega. O ingresso para o jantar pode ser adquirido na Secretaria de Turismo (SEMTUR), e custa R$70,00. A promoção de ambos eventos é da SEMTUR.

Fonte: Secretaria de Turismo

“Precisamos ter ‘bem’ não apenas bens”

“Tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré."

A citação da letra da música religiosa é do Padre Darci Camatti, Pároco da Igreja Matriz Cristo Rei

O Pároco da Paróquia Cristo Rei, Padre Darci Camatti foi o escolhido para ser o entrevistado da sobrecapa desta edição do Jornal Integração da Serra para nos falar sobre o Natal, sobre sua vivência na região Norte do Brasil, onde trabalhou, entre outros assuntos. Ele nasceu em Antônio Prado, em 31 de janeiro de 1969. É filho de Zelinda e Geraldo Camatti. Tem seis irmãos, quatro mulheres e dois homens. Até os 12 anos, estudou no interior do município de Antônio Prado. Depois completou o primeiro grau na cidade de Antônio Prado. Em 1985, aos 16 anos, mudou-se para Caxias do Sul, para estudar no Seminário Nossa Senhora Aparecida. Fez um ano de Propedêutico (preparação para o ensino superior) no Santuário de Caravággio. Após, durante dois anos cursou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Em 1991, foi morar em Viamão para estudar Teologia na PUC. No ano seguinte, trancou a faculdade para participar das Missões na Ilha de Marajó, onde permaneceu por um ano. Em 1995, foi ordenado Diácono, em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves. Em 1996, foi ordenado padre na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, Linha 2 de Julho, Antônio Prado. Atuou na Paróquia Sagrada Família, em Caxias, por três anos. Foi trabalhar na Bahia, em seu primeiro ano como padre, onde permaneceu por dois meses, e, após, em Rondônia, durante sete anos. Está em Bento Gonçalves há cinco anos.

Integração – É Natal. O que a data influencia na vida das pessoas?
Camatti – As pessoas se unem, se tornam mais solidárias. Apesar do consumismo desenfreado e da importância que damos aos presentes, o espírito do Natal ainda permanece. As famílias se reencontram, fazem festa juntas. Gosto muito da letra de um canto religioso do Padre Zezinho que diz: “Tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré”.

Integração – Qual é o simbolismo do presépio?
Camatti – O primeiro presépio foi feito por São Francisco de Assis, com o objetivo de ilustrar a simplicidade do local do nascimento de Jesus Cristo e de homenagear a natureza. Já o hábito dos presentes vem da visita feita pelos Reis Magos ao Cristo recém-nascido. A visita mostrou que Jesus não nasceu apenas para o povo de Israel, mas para o mundo. Os presentes dados pelos Reis Magos a Jesus Cristo representaram todos os povos. Além disso, o ouro foi dado para mostrar que Jesus Cristo é o verdadeiro Rei. O incenso, para representar sua divindade. A mira, que se desmancha fácil, para representar seu lado humano.

Integração – E a figura do Papai Noel, quando foi incorporada ao Natal?
Camatti – Foi com São Nicolau, nascido em 281 d.C, Ásia. Até onde sabemos os pais de São Nicolau não conseguiam ter filhos. Prometeram então que se tivessem filhos, esses iriam ajudar famílias carentes, distribuindo donativos. Os filhos vieram, entre eles, São Nicolau, que por ocasião do Natal cumpriu a promessa dos pais, disfarçado com uma capa vermelha. Dar um presente é um gesto bonito. Presenteamos quem gostamos. O gesto de presentear está ligado a valores humanos, como o do amor e da solidariedade. Só não podemos esquecer-nos do maior presente que Deus nos enviou, o seu próprio Filho.

Integração – Quando foi que você descobriu a vocação para padre?
Camatti – Sempre gostei de estudar. Quando estava concluindo a 4ª série do ensino fundamental, que era o máximo de estudo que conseguiria, na época, porque morava no interior de Antônio Prado, onde não tinha, que nem hoje, transporte escolar para a sede, uma irmã e um padre estiveram no meu colégio falando sobre vocações e perguntando se alguém tinha interesse em entrar num seminário. Um primo e eu respondemos “sim”. Cheguei em casa e contei ao meu pai. Na hora, ele não disse nada. Mas, na semana seguinte, foi a Antônio Prado, me matriculou numa escola e encontrou lugar para eu morar na casa de meus padrinhos de batismo. Precisava concluir o primeiro grau para após ingressar no seminário.

Integração – Em 1991, você foi para a Ilha de Marajó como missionário. Como foi a experiência?
Camatti – É uma realidade totalmente diferente. Em Marajó, as pessoas estão acostumadas a viver com pouco. Respeitam muito a natureza e sobrevivem daquilo que ela oferece, como a caça e a pesca. Nesta estada em Marajó decidi que realmente queria ser padre, pela constatação da demanda do trabalho missionário. Depois, voltei para o Sul e concluí o curso de Teologia. Fui ordenado padre, em 1996, na comunidade onde nasci: Nossa Senhora do Carmo, interior de Antônio Prado. Comecei a missão sacerdotal em Caxias do Sul, na Paróquia Sagrada Família. Nesse tempo, fui para o interior da Bahia, numa cidade distante cerca de 700 quilômetros da capital, Salvador.

Integração – Na Bahia, você ficou por quanto tempo? Como foi a experiência?
Camatti – Morei apenas dois meses na Bahia, mas a experiência foi inesquecível. Numa ocasião, fui a Bom Jesus da Lapa em um caminhão pau de arara. A viagem durou oito horas. Depois, em 1999, o Padre Lóris Cortese, o Padre Gilberto Lazzarotto, ambos gaúchos, e eu fomos para Jarú, em Rondônia, porque o povo estava precisando de missionários. A cidade tem cerca de 30 mil habitantes, a maioria pessoas simples. A economia do município é baseada na extração de madeira, criação de gado e cultivo de café e cacau. A paróquia onde atuei abrange 157 comunidades, de três municípios: Jaru, Theobroma e Jorge Teixeira. Entre elas, uma reserva indígena Urueu-wau-wau - nome da tribo - com cerca de 70 índios.

Integração – Como foi esta estada em Rondônia?
Camatti – A demanda de trabalho é bem diferente da existente no Sul. Foi uma experiência muita rica. Nossas ações se baseavam na formação de ministros para atuação religiosa, humana e social. Lá, a demanda dos fiéis é menos focada nos padres, já que existem poucos na região. Os ministros realizam batismos, enterros e até, casamentos. Também trabalhei com o social e o meio ambiente ensinando o cultivar de hortas e a evitar o uso de agrotóxicos. Eles comem pouca verdura e acabam contraindo diversas doenças por falta de algumas vitaminas. Em Rondônia, posso dizer que tive uma visão diferente de mundo e de igreja.

Integração – Na reserva indígena, mais especificamente, que trabalhos foram desenvolvidos?
Camatti - O de apoio, principalmente, para que eles pudessem sentir que muitos brancos estão do lado deles. Eles pensam que os brancos só se aproximam deles por interesse. Isso acontece porque tiveram problemas com muitos fiscais da Fundação Nacional do Índio (Funai), que se corromperam. Desenvolvemos também diversos trabalhos de saúde e de alfabetização, sempre respeitando a cultura deles. Uma vez, tentaram fazer com que eles cultivassem gado, para que pudessem ter leite e carne. Mas daí o gado comeu toda a plantação. Colocaram cercas, mas não deu certo, porque eles não fechavam os portões. Na cultura deles a terra é a mãe de todos, não tem cercas.

Integração – A Funai não trabalha na alfabetização dos índios?
Camatti – Sim, mas sempre precisa de apoio. O pessoal da Funai não consegue atender todas as aldeias.

Integração – Você aprendeu algo com os índios?
Camatti. Sim. Aprendi muita coisa. Mais aprendi do que ensinei. Respeitam muito a natureza. Quando precisavam cortar uma árvore, pedem desculpas à mãe natureza por estar fazendo aquilo. Eles são muito pacientes. Vivem com pouco. São bastante afetivos. Procuram ficar bastante tempo junto às pessoas que gostam. São pessoas evoluídas espiritualmente.

Integração – Quais as principais diferenças no modo de vida do povo de Rondônia e do povo do Sul?
Camatti - Eles vivem com pouco e são mais felizes. A maioria das casas é bem simples. Lá, as pessoas ficam com os cabelos brancos bem mais tarde e sofrem menos de depressão. No Sul, as pessoas têm muitos bens materiais, mas nem sempre convivem bem com a família, com os vizinhos e com os amigos. Sem amor e amizade, as pessoas ficam vazias, tristes. O nome do povo do sul é “trabalho”. Às vezes, trabalham até demais. Vi na Internet que tem um grupo de jovens europeus que se encontra para não fazer nada. Isso é uma forma de questionar uma sociedade que “vive correndo”. Em Rondônia, o que me deixou muito chocado foi o desmatamento desenfreado. Madeireiros e, principalmente, fazendeiros, foram, aos poucos, destruindo a floresta. Os madeireiros e os fazendeiros são, em sua maioria, do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Os madeireiros ainda selecionam as árvores para cortar. Cortam apenas as maiores. Já os fazendeiros, não. Pegam correntes, amarram aos tratores e destroem tudo. Madeiras que no sul custam uma fortuna, lá são queimadas.

Integração – O Ibama não autua?
Camatti – É uma questão complicada. A burocracia é grande e o poder financeiro e político de alguns, também. Em uma ocasião, fui ameaçado por um madeireiro. Uma semana depois de termos visitado uma reserva indígena, a polícia federal aprendeu bastante madeira e caminhões que estavam no local. Um madeireiro achou que eu havia feito à denúncia e mandou avisar que se a suspeita fosse confirmada, mandaria me apagar.

Integração – Você foi transferido para Bento Gonçalves por opção?
Camatti – O bispo me pediu e eu aceitei. Aqui estou mais perto da minha família. Além disso, temos um tempo para ficar em cada lugar. A mudança, em todos os aspectos, faz bem. Penso que é bom ficar no mínimo cinco e no máximo dez anos em cada lugar. É bom mudar porque, além de conhecer novos lugares, conhecemos novas pessoas, fazemos novos amigos e a missão também se renova.

Integração – Quantas famílias fazem parte da Paróquia Cristo Rei?
Camatti – Há 61 anos eram cerca de 750 famílias. Hoje, são 24 comunidades, que totalizam quase 10 mil famílias. E são apenas dois padres. Aqui as comunidades querem sempre a presença do padre. Mas, com o tempo, acredito que isso vai mudar. A vocação sacerdotal está cada vez mais difícil. O que vale é a ligação com a igreja. Por isso, precisamos formar mais ministros, para mais sacramentos. Aqui, os ministros distribuem apenas a Eucaristia. Com o tempo, podemos dar um passo a mais, com outros ministérios assumidos pelos leigos. Algo que me chama atenção em Bento Gonçalves é que as pessoas fazem bastante trabalhos voluntários. Isso faz muito bem. Como exemplo, cito os casais que organizam a Festa de Cristo Rei. Trabalham durante todo o ano para a promoção da festa. É um povo bastante participativo.

Integração – A população de Bento Gonçalves frequenta as igrejas católicas?
Camtti – Sim, bastante. A tradição católica dos imigrantes italianos ainda é forte. Em Caxias do Sul, por exemplo, em muitas comunidades a participação é menor. A Igreja precisa se modificar em alguns aspectos para melhor evangelizar a sociedade. Nosso maior desafio são os jovens. Muitos vivem num vazio e, por isso, acabam usando drogas, ou tendo doenças, como depressão. A tendência à religião faz parte da natureza do ser humano. Vi numa pesquisa que Bento Gonçalves é uma das cidades do Sul com alto índice de suicídio. Precisamos ter “bem”, não apenas bens. A realização se dá no equilíbrio entre os dois. A sociedade atual exige muito dos jovens. Antigamente, a única coisa que uma criança fazia era brincar. Hoje, precisa fazer aula de inglês, dança, informática, entre outras atividades. Chega num ponto onde o jovem não tem mais estrutura psicológica para aguentar tanta cobrança, tanta pressão. Se você olhar a vida a partir de Deus, ela vai ter outro sentido. O século XXI é um século místico. O credo só acontece por convicção e não mais por imposição social ou familiar, como nos outros séculos.

Integração – O que mudou na Igreja neste século?
Camatti – Houve algumas mudanças. Na nossa Diocese, foi a forma de ministrar a Catequese. Hoje, utilizamos a Bíblia para a catequese. Antigamente, era tudo decoreba. Além disso, a catequese está envolvendo mais as famílias. Também a preocupação da Igreja com as questões sociais, para melhorar a vida das pessoas mais carentes. A necessidade do cuidado com toda a vida no planeta. É uma caminhada maior de envolvimento dos leigos na missão.

Integração – Como você interpreta a linguagem da Bíblia?
Camatti – A linguagem é bastante figurada, complexa. Muitos lêem a Bíblia e pensam que aconteceu exatamente aquilo que está escrito. É preciso entender a história e a cultura do povo que a escreveu. Além disso, existe muita contradição na Bíblia. Os mineiros, por exemplo, usam muito a palavra “trem” para designar as coisas. Dizem “hoje comi um trem”. Pense daqui há 500 anos, se alguém ler isso e levar a sério, o que vai pensar? Vão achar que os mineiros tem estômago de aço. Muitas discussões entre as religiões acontecem, porque as pessoas não entendem a Bíblia, pois é interpretada de maneira fundamentalista. É ler e tomar como verdade sem se questionar. Quando uma religião discute com a outra para defender seu ponto de vista não se chega a lugar algum. Deus não está aí para mostrar que uma religião é melhor do que a outra. O que vale é colocar a fé na prática, na vida. Sempre que posso, faço cursos que me ajudam a compreender a linguagem bíblica.

Integração – Qual é mensagem de Natal que você deixa para nossos leitores?
Camatti – Que neste Natal todos renasçam através do perdão, do amor, da amizade, da paz, da solidariedade e do cuidado com a saúde. Que pensem nas coisas simples, do coração, que são de grande importância para o ser humano. Deus está em nós. Com ele vamos conseguir luz e força para vencermos nossos obstáculos. Quanto a Bento Gonçalves, a cidade é conhecida nacionalmente e até internacionalmente por ser uma cidade rica e empreendedora. Mas precisamos ser ricos também na questão dos valores humanos e cristãos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A noite do Lobisomem

Na noite mais amaldiçoada do ano de 1789, um vento intenso e nervoso balançava os galhos das árvores de um pequeno vilarejo, enquanto no céu a lua cheia ardia e iluminava todos os casebres. E, em uma daquelas casas se ouvia o martelar de alguma coisa sobre uma bigorna, onde se desenvolvia algo a fogo ardente. O que seria? Alfred estava cansado e suado diante das chamas. Pensava em aniquilá-lo de uma vez por todas.
Sim, Alfred estava se preparando para matar o lobisomem que o havia atacado.
De repente ele ouviu batidas na porta. Parou de martelar.
— Alfred — alguém o chamava. — Abra. É Marion.
Dirigiu-se até a porta e a abriu. Marion era um antigo amigo de infância.
— O que aconteceu?
— Ele me seguiu. Ele me seguiu, Marion!
— Ele quem?
— O lobisomem — Alfred olhou dentro dos olhos do amigo antes de dizer.
Marion ficou mudo. Ele sabia da lenda do lobisomem. Ele conhecia a história.
— Mas... O que você está fazendo?
— Uma bala de prata.
Alfred havia sido perseguido por uma criatura que julgou ser um lobisomem. Tinha dentes e garras afiadas, pêlos longos e um corpo corcunda, com as omoplatas avantajadas. Ele havia conseguido escapar, e agora preparava à bala de prata que o destruiria.
Mas, aquela noite teria muita coisa para apresentar a Alfred. Apaixonado por Victória, ele jamais imaginou que o terror se instalaria entre eles. Foi na busca pelo lobisomem que ele descobriu que havia algo errado na casa de Victoria. Chegando lá, ouviu um ruído estranho. Era o lobisomem. Ele se preparou, tentou se livrar do medo e entrou na casa. No corredor deu de cara com os pais de Victoria. Ambos haviam sido violentamente mortos. A criatura havia destruído a pele deles com arranhões e comido todos os órgãos e partes do corpo. Alfred ficou pasmo e seguiu o barulho. Quando chegou no quarto dela, os avistou. Victoria estava deitada na cama, ensangüentada, e, por sorte, Alfred chegou a tempo de impedir que criatura a atacasse.
— Saia daí seu demônio — gritou e apontou a arma para o lobisomem.
Ele partiu pra cima de Alfred, que não pensou. Atirou. A bala de prata entrou queimando no peito da criatura, que aos poucos foi voltando ao normal. Para a surpresa de Alfred, o lobisomem era seu amigo. Era Marion. Sim, a maldição havia lhe fisgado. Ele era o sétimo filho de uma família de seis irmãs. Ou seja, o sétimo homem é um lobisomem.
Meses depois, Victória descobriu que estava grávida. As dores e as náuseas a levam a crer que sim. Ela dá a luz a um menino pálido e magro, cujo nome dado ele é Tyler.
Sim, ele é filho do lobisomem. Filho de Marion!

Marcelo dos Santos
13 anos depois, uma criança corre pela floresta. É noite de lua cheia e ela percebe que seu sangue borbulha e que algo a incomoda. A lua grita e ela corre até uma encruzilhada. O seu sangue não agüenta mais. Ela não agüenta mais. A lua lhe observa. A dor vem lhe agredir. Esta doendo. Seus ossos se alongam violentamente e mudam de forma, movendo-se tão drasticamente que chegam a romper sua pele. Aos poucos ela começa pinicar e o sangue a correr furioso nas veias. Levantando as orelhas, ela escuta a lua uivante. É ai que, tomado pela forma de uma maldição, o jovem Tyler, fruto da relação entre Victória e Marion, se transforma em lobisomem pela primeira vez em sua vida.
Tyler uiva para a lua. Seu uivo voa longe e ele começa a correr para a mata.